...PALAVRAS INSONORAS!!!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Entrando na faca!

Depois de 33 anos, amanhã, finalmente, vou passar por uma intervenção cirúrgica.


Aqueles que me conhecem sabe que não sou tão ligado à estética assim. Até porque, com essa barriga que voltei a adquiri, nem podia mesmo. Rsrsrsrs


O problema não é estético, pois, se assim fosse não me prestaria passar por toda esta tensão pró-cirúrgica.


A coisa vai mais longe.


Para que meu olho direito tenha uma abertura considerável a abertura da pálpebra é feita pelo elevador palpebral auxiliado por dois músculos acessórios, o músculo de Muller e o músculo frontal. Trocando em miúdos: forço os músculos da minha testa. E isso, já faço, praticamente, desde que nasci. Isso se chama "Ptose Palpebral".


Falando em meu nascimento... Preciso deixar claro que quando nasci, minha mãe, a Senhora Gilda Auxiliadora, que diga-se de passagem, sempre foi uma mãe para ninguém por defeito, teve a impressão que me faltara o globo ocular. No momento em que cheguei ao mundo, apenas o olho esquerdo se abrira. Por mais que a minha genitora não fosse “marinheira de primeira viagem” (tenho dois irmãos mais velhos), acredito que para qualquer mãe não deve ser fácil um “susto” desses.


Anos se passaram, e em 1988 passei pela primeira cirurgia, que na verdade foram duas. Operei astigmatismo e hipermetropia em ambas as vistas, e estrabismo apenas na fatídica do lado direito.


O procedimento todo se deu na cidade do Rio de Janeiro, no Hospital da Lagoa, pelo, até então, INAMPS.


Nada tenho a me queixar, mesmo sendo criança, em uma cidade diferente, e em um hospital público. Pelo contrário, fui muito bem tratado. E não posso deixar de relatar, -que minha esposa não leia isso - que no dia da cirurgia, além dos Doutores que me operaram, Samuel e Marcos, me apareceu uma loira linda, também médica, com seus 25 anos mais ou menos, a cara da Xuxa! Acho que era a anestesista. Pois a vi e apaguei!!!


Em 2000, já na faculdade, e com dificuldades de ler no quadro, procurei uma oftalmologista. Começaram aí minhas preocupações.


Fui informado que deveria fazer a cirurgia de “Ptose Palpebral”, uma vez que para manter, e até mesmo abrir, minha vista estava forçando músculos de minha fronte. Músculos, esses, que não foram confeccionados para essa função, podendo, futuramente, romperem-se por esforço em demasia.


Procurei um cirurgião plástico, que me disse que a cirurgia era “moleza”!


Desta vez estava amparado por um plano de saúde. A coisa tinha evoluído um pouco!


Sai do Medical Center com toda a papelada necessária, e fui direto pegar a autorização do plano.


Ainda vigorava as regras antigas, e a categoria que eu me enquadrava não permitia que o plano de saúde arcasse com minha cirurgia.


Teria que esperar seis meses de carência com a mudança da classe, ou pagar quase o valor da intervenção cirúrgica. Já tinha esperado 22 anos, optei esperar mais esse pequeno tempo


Pronto! Agora o plano já cobria todos os gastos.


Pego o telefone e ligo para o consultório do cirurgião. A secretária me atende prontamente. Informo que quero marcar uma consulta. Ela me pergunta se seria particular.


Pensei comigo: depois de todo esse sacrifício, tendo minha mãe que onerar em uns 20% a mais no valor do plano (na época era vagabundo, e só fazia faculdade), é claro que seria pelo convênio!


E aí, para minha decepção! O plástico não mais pertencia àquela rede credenciada.


Foi um baque! Nunca mais quis saber de cirurgia, pelo menos não a da correção da ptose.


Mas me casei... E aí já viu, né?


As idéias construídas começam a ser demovidas. Novas idéias surgem, ou mesmo antigas ressurgem! Tudo com aquele jeitinho toda mulher tem, ou deveria ter.


Estou cansado já de escreve, tenso e preciso descansar. E para completar, a Senhora Gilda, aquela lá de cima, que é minha mãe, quer ver o jornal na televisão do meu quarto. Ela manda, né!?!?!?


Assim, chego ao final informando que amanhã, a partir das 10 horas de amanhã, dia 01 de setembro, estarei sofrendo uma intervenção cirúrgica, na Santa Casa de Misericórdia de Campos.


Tudo ira correr bem, se Deus quiser, mas nunca é demais uma corrente de energias positivas e também alguma reza!


Depois conto como ficou o resultado.


Torçam por mim!

Um comentário:

Fredão disse...

Estamos na torcida para que tudo corra bem. Abraços.
Fred,Renata e Júlia.