...PALAVRAS INSONORAS!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Não se identifique!

Não é apologia ao anonimato. Refiro-me ao ocorrido com a minha pessoa, na manha de ontem, e há um mês!

Não sou muito familiarizado com o cotidiano bancário de nossa cidade, até porque, quando preciso ir a uma agência, vou antes das dez, e/ou depois das dezoito horas.

Utilizo sempre caixa-eletrônico para fazer qualquer tipo de serviço bancário. Retiradas, depósitos, pagamentos de contas... Enfim, raramente preciso ir à boca do caixa.

Mas, há um mês recebi um cheque, e achei melhor fazer o depósito direto em minha conta no Banco do Brasil da Pelinca.

Cheguei ao banco por volta das 10h30minh, e o primeiro atendimento, aquele que fica no saguão, antes das portas giratórias, orientou-me a pegar uma senha. A moça, muito solícita, perguntou-me se era correntista, e, por mais que minha agência fosse a da Praça 4 Jornadas, no Centro, para efeito bancário, fazia, sim, parte de um “grupo seleto” que possuem conta no Banco do Brasil... Pelo menos essa a imbecil idéia que eu tinha!

Senha para clientes... que ilusão!

Acomodei-me em uma cadeira e fiquei a esperar!

E esperei, esperei e quando não agüentava mais esperar... Esperei mais um pouco!

O meu humor não é dos piores, mas como não gosto de fazer os outros esperar, também não gosto de esperar.

Com a demora, comecei a notar que pessoas, que haviam chegado depois de mim, já estavam sendo atendidas, e o pior, indo embora. Prestei mais atenção para ver se tal “benesse” era em decorrência ao atendimento prioritário, o que faria minha insatisfação diminuir, não acabar!

Por um pequeno período de tempo, iludi-me em ter descoberto o motivo, até um Senhor de uns 50 anos sentar ao meu lado.

O cavalheiro estava com uma senha, e coincidentemente, o mesmo encontrava-se na fila do primeiro atendimento umas três pessoas atrás de mim. Discretamente, mas também de forma enxerida, olhei para o pedaço de papel com o timbre “BB”. A sua ficha era diferenciada, pois tinha letras distintas, uma numeração não seqüencial à minha, e, é claro, a hora da retirada era alguns minutos após.

Para meu total desespero o Senhor foi chamado... e somente depois de uns cinco minutos chegara minha vez.

Mas não acaba aí!

No dia quatro de julho, minha esposa me solicitou que trocasse um cheque da Caixa Econômica. Como possuía, em minha carteira, o valor do cheque, imediatamente, realizei a troca.

Em posse do cheque, dirigi-me a agência da Caixa na Pelinca, peguei um envelope, e fiz o depósito em minha poupança neste banco.

Antes que comecem a divagar, deixo claro que possuo esta poupança por força do ingresso na Prefeitura, onde, em 2003, todos os funcionários deveriam conter uma conta na Caixa para poder receber seus rendimentos.

No sábado pela manhã, estava na Pelinca, e resolvi fazer uma “fezinha” na Mega-Sena, ato ao qual realizo esporadicamente. Aproveitando o ensejo, solicitei a atendente da Casa Lotérica para ver meu saldo, e para minha surpresa, o cheque não “entrou”!

Pronto! Terei que enfrentar uma agência bancária... Só que desta vez seria a Caixa Econômica, agência Benta Pereira, na Formosa, em plena segunda-feira!

Mais uma vez me deparo com o setor de senhas, onde outra atendente, não muito simpática, me pergunta se sou correntista. E mais uma vez caí na mesma “esparrela”. Disse que sim!

Ela me deu uma ficha, e eu não tinha nada a fazer a não ser esperar.

A Lei 13.948/2005, que determina o tempo limite para o atendimento bancário, foi rasgada e jogada no lixo, pelo menos para os bancos em Campos.

Depois de uma longa espera, consegui rever o cheque. Peguei o celular e liguei para minha esposa.

Já me dirigia para casa quando minha consorte, depois de entrar em contato com a pessoa responsável pelo cheque, me informou que poderia reapresentar o mesmo, que existiam proventos suficientes para o resgate do valor.

Parei para analisar a situação, poderia retornar à agência ao qual tenho conta, ou poderia ir à agência de origem do cheque... parto, eu, para o Boulevard Francisco de Paula Carneiro.

Já viram a “visão do inferno?” Não chega a tanto, mas lembra!

Agora eu estava mais esperto e a pergunta à atendente da senha foi a seguinte:

- O que está melhor, ser, ou não ser, correntista do Banco?

E rapidamente expliquei a moça o que tinha me acontecido.

A atendente informou-me que ali só tinha três tipos de senhas, as de pessoas jurídicas, as comuns, e as preferenciais.

Depois de 45 minutos de espera, fui atendido.

Entrego o cheque, minha carteira de identidade, e o meu cartão do banco. A bancária entendeu o que eu queria, que era simplesmente fazer o depósito do cheque, que já tinha sido consultado, e comprovado que o mesmo tinha “fundos”.

Tudo certo? Que nada!

A bancária fez uma cara esquisita, levantou-se, e demorou! Parecia que era o “Dia Internacional da Demora”. Ela voltou informando que eu poderia fazer o depósito daquele cheque em qual quer agência, de qualquer banco, menos aquela.

Desço eu com o cheque em mãos, para mais uma vez depositar em um caixa rápido. Mas filas da agência do boulevard estavam repletas.

Pensei dar uma passadinha na agência da Pelinca, pois sei que o movimento é menor, mas a hora já não permitia. Retorno, para a da Formosa, e finalmente consegui depositar o “bendito” cheque. No entanto, o dinheiro ainda não foi parar na minha conta.

Tudo isso foi, no mínimo, cansativo.

Mas o que me deixou mais chateado, foi a simples constatação de que ser cliente, na maioria das vezes, pelo menos nos bancos, não é prerrogativa alguma. Pelo contrário!

Achava que deveria ter um atendimento especial, em relação aos demais, que não fazem parte daquela carteira bancária. No entanto, o que se verifica, é que por ter um número menor de pessoas que não fazem parte do banco, faz com que o atendimento a essa classe seja mais célere.

Não sei se na próxima vez vou passar por isso, contudo, deixo um conselho: não se identifique! Pelo menos, não em estabelecimentos bancário de onde você é correntista.

Opa!!! Errado... se identifique, sim! Se possuir grandes somas em sua conta!

Um comentário:

Fredão disse...

Fala Rapha !!!
Que azar da P**** hein !!!!
Tive que dar risada em alguns momentos do texto, hehehehe.

O lance é parar de usar cheques.
Abraços