Do jcnet
Eder Batista Pires teve um surto na festa de casamento e na Unidade de Pronto-Atendimento quebrou equipamentos
Surto psicótico ou excesso de fúria? Ainda ninguém sabe o que levou Eder Francisco Batista Pires, 26 anos, a perder a lucidez no início da festa de seu próprio casamento, na noite de sábado. Sedado, foi levado à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Mary Dota. Mas após recobrar a consciência durante a madrugada de ontem, destruiu vários equipamentos da unidade, onde tentou enforcar um funcionário.
A ocorrência, registrada no plantão da Polícia Civil como dano e lesão corporal, chocou familiares, convidados, além dos servidores que o atenderam. Segundo parentes relataram à reportagem, Eder casou-se com a esposa sábado pela manhã num cartório, após aproximadamente dois anos e meio de união estável. O casal tem uma criança de quase dois anos.
A festa, simples e íntima, estava marcada para o período da noite, num salão de festas no Jardim Carolina. Entre um compromisso e outro, ele foi à confraternização de final de ano da empresa onde trabalha na companhia de uma amiga que, inclusive, foi sua madrinha. De acordo com o que informaram, na oportunidade, parecia normal. Nem bebida alcoólica teria consumido. Porém, voltou calado, com o olhar parado e vermelho, informou uma parente, que desconhece qualquer problema psicológico anterior.
Já na festa para celebrar a oficialização da união, assim que sua esposa foi anunciada ele entraria no salão, Eder correu para a rua, tirou o paletó e jogou-se no chão. Como logo se restabeleceu, parecia uma brincadeira. Mas na sequência, correu, passou a bater a cabeça em muros de imóveis próximos e a se despir. Maltratava quem dele se aproximava com o intuito de ajudá-lo.
Atendimento médico
Só foi controlado com a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o sedou. Chegou à UPA do Mary Dota desacordado e ficou preso a uma maca, informaram funcionários. No entanto, quando despertou, conseguiu desvencilhar-se. Segundo consta no boletim de ocorrência, danificou um computador, uma impressora, cadeiras, macas, um telefone, um monitor de LCD, entre outros objetos da unidade.
Por conta da situação, o vigilante Dirceu Barsotti, 42 anos, tentou contê-lo, mas foi agredido (leia texto acima). Voltou a ser controlado, mas desta vez, pela Polícia Militar, que foi acionada ao local. Novamente medicado, foi levado inconsciente ao Pronto-Socorro Central (PSC) por volta das 6h. Às 13h, foi transferido para um hospital particular, onde permanecia sob observação na companhia da esposa, até o fechamento desta edição.
“Perdi a força por duas vezes”
Quando Eder Francisco Batista Pires saiu descontrolado pela UPA do Mary Dota, o vigilante Dirceu Barsotti, 45 anos, tentou contê-lo. Como já estava danificando a unidade, para proteger outros usuários, a ideia do servidor foi levá-lo para fora, embora ele estivesse sem roupa.
No entanto, segundo Barsotti, Eder pegou um fio de computador e tentou enforcá-lo. “Perdi a força por duas vezes”. Numa das reações durante a luta corporal, apertou o pescoço do paciente que soltou o fio. Ainda assim, o vigilante foi perseguido por Eder, que ameaçava matá-lo. Enquanto isso, outro vigilante acionava a PM, que alcançou Eder nu cerca de uma quadra adiante.
Hoje, Barsotti será submetido a exame de corpo delito. Ficou com marcas no pescoço, ferimento nos olhos e no braço, além de dores no peito.
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