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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Buscas por desaparecido no ES terão sobrevoos no RJ nesta quarta

Buscas por desaparecido no ES terão sobrevoos no RJ nesta quarta

Segundo a família, sobrevoo não pode ser feito no RJ nesta terça.
Buscas foram feitas no Espírito Santo pelo irmão de Arnaldo.

Familiares e amigos ajudam nas buscas por Arnaldo
Do Jornal Floripa

As buscas pelo mergulhador Arnaldo Schuwambach, 24 anos, que está desaparecido em alto-mar desde quinta-feira (5), continuam na manhã desta quarta-feira (11). Segundo a família, foi feito um sobrevoo na tarde desta terça-feira (10) entre o Sul do Espírito Santo até a divisa com o Rio de Janeiro. Na manhã de terça, um sobrevoo vai sair de Macaé, no norte fluminense, onde alguns familiares de Arnaldo estão. Estava planejado um voo nesta tarde também no Rio de Janeiro, mas a aeronave só foi disponibilizada para o dia seguinte.

De acordo com o irmão de Arnaldo, Arthur Schuwambach, os esforços serão unificados nesta quarta-feira (11). “Hoje ficamos de meio dia até às 17h, e fomos até a região de Itabapoana, na divisa com o Rio de Janeiro. Amanhã vamos sair cedo de Vitória e vamos até Macaé, onde nos uniremos à mulher dele e demais familiares. Devemos fazer dois sobrevoos lá amanhã”, conta.

A sogra de Arnaldo, Marcilene Pícoli, diz que a família segue esperançosa. “Com nossos recursos próprios e com algumas doações que temos recebidos, vamos fazer essa busca aqui, a partir de Macaé. Faremos o caminho contrário, e vamos do Rio até Guarapari, e temos esperança de encontrá-lo”, diz.

Segundo a família, os aviões estarão disponíveis para as buscas somente nesta quarta-feira (11). As buscas serão feitas a partir dos Campos de Marlim e do Roncador; nas localidades de Atafona e Grussaí, em São João da Barra; e na praia do Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Buscas

Na manhã desta terça-feira (10), a esposa de Arnaldo, Talya Pícoli Schuwambach, foi para Macaé, no Rio de Janeiro, para tentar sobrevoar o local de helicóptero. O irmão, Arthur Schuwambach, conseguiu um avião bimotor e sobrevoou o litoral sul do estado.

"Saí de Vitória de madrugada, cheguei a Macaé pela manhã e vou ficar no aeroporto até conseguir um helicóptero. Vou pedir ajuda para tentar sobrevoar o local. A locação custa cerca de R$ 12 mil a hora. Contamos com a ajuda das pessoas para conseguir. Tenho certeza que Arnaldo está vivo e estou movendo mundos e fundos. Não vou desistir", afirma Talya.

A Capitania dos Portos do Espírito Santo encerrou as buscas pelo mergulhador no domingo (8). Segundo a capitania, foram empregadas mais de 20 embarcações e 3 aeronaves, num período de 72 horas de busca, no total. O capitão de mar e guerra Paulo Vaz de Araújo justificou a medida por questões técnicas. Ele afirma que estar no mar sem água e alimentação traz posibilidades remotas de sobrevivência ao rapaz.

Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado pela Capitania dos Portos para apuração das causas e dos possíveis responsáveis pelo incidente. O prazo para conclusão do inquérito é de 90 dias.


Desaparecimento

Arnaldo está desaparecido desde a tarde de quinta-feira (5), depois de sair para mergulhar com os amigos, na Praia da Costa, em Vila Velha. O universitário Vinícius Barboza, de 21 anos, que nadou por quatro horas até ser avistado por um navio e ser resgatado pelo helicóptero da Polícia Militar, falou sobre o momento em que o amigo Arnaldo Schuwambach, 24 anos, desapareceu.

Ele e Vinícius ficaram perdidos a cerca de 21 km de distância do litoral da Praia da Costa.

"A lancha não deu defeito. O rapaz que pilotava a lancha é muito experiente, pescador profissional, inclusive. Ele é habilitado e estava correto. Somos amigos há muitos anos. O que aconteceu é que ele nos perdeu de vista. A gente via ele, mas ele não via a gente. Quando ele achou que não ia mais nos encontrar, voltou até onde dá sinal e fez contato com terra. Se ele não tivesse feito isso, com certeza não ia ter ninguém para me ver passando na hora que passei perto do navio. O piloto da lancha foi e voltou várias vezes, mas ele não nos via".

Segundo Vinícius, ele e Arnaldo estavam nadando juntos, mas não amarrados um ao outro. "Combinamos de nadar para terra, mas acabamos nos distanciando um do outro. E em um determinado momento não nos vimos mais", conta.

Desde que foi resgatado, Vinícius acompanha e auxilia as buscas. "Fiquei acordado o tempo todo, estou tentando fazer o máximo. Ele era muito meu amigo, fui padrinho do casamento dele mês passado. Nem sei o que dizer. É uma situação muito difícil", desabafa.

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