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terça-feira, 17 de abril de 2012

UENF entre os finalistas do Prêmio Péter Murányi de pesquisa em alimentação



"Prêmio Péter Murányi revela os desafios da pesquisa em alimentação"


Do Agrosoft Brasil
Os 102 trabalhos que concorreram ao Prêmio Péter Murányi 2012, cuja cerimônia de premiação ocorrerá no dia 18 de abril, em São Paulo, são uma mostra dos desafios que a ciência vem enfrentando em pesquisas na área da alimentação - tema desta edição. A questão da sustentabilidade na produção agrícola e industrial de alimentos e a problemática da "fome oculta" foram abordadas na maioria das pesquisas científicas que concorreram ao Prêmio.


O Prêmio Péter Murányi visa reconhecer os trabalhos que contribuem para a melhoria da qualidade de vida das populações situadas abaixo do paralelo 20 de latitude norte do globo, especialmente a brasileira. A cada edição um dos seguintes temas são abordados, em sistema de rodízio anual: Alimentação, Educação, Saúde e Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Nesta edição, 126 instituições indicaram trabalhos ao prêmio, sendo 112 brasileiras e 14 de outros países da América Latina. Os trabalhos foram avaliados por uma comissão de especialistas e por um júri, que resultou na escolha de um trabalho vencedor, cujo autor receberá R$ 150 mil, e dois trabalhos finalistas, cujos autores receberão menção honrosa.


Perfil

Segundo o coordenador da Comissão Técnica, o professor Franco Lajolo, que é doutor em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP), os trabalhos apresentados mostram a ciência indo em busca de soluções para os principais desafios da alimentação. "Havia uma grande diversidade de áreas temáticas, mostrando a abrangência e a multidisciplinaridade da área da alimentação e da nutrição e a vocação de cada instituição participante", afirmou.

Entre os trabalhos concorrentes havia desde pesquisa na área da Ciência dos Alimentos, como química, físico-química, microbiologia, passando pela área de Tecnologia e Engenharia, da Nutrição -- tanto básica como fisiologia da nutrição --, até trabalhos na área mais clínica e epidemiológica da nutrição e saúde pública. Mas as questões mais trabalhadas estavam relacionadas à sustentabilidade e à "fome oculta" -- carência não explícita de um ou mais micronutrientes no organismo, atualmente identificada como o problema nutricional mais prevalente no mundo.


Pesquisas vencedoras

O trabalho vencedor foi justamente uma variedade de mandioca -- a IAC 576-70 -- que apresenta mais nutrientes e, ao mesmo tempo, é mais resistente a doenças e tem maior produtividade. A pesquisa de melhoramento genético foi desenvolvida pela pesquisadora Teresa Losada Valle, do Instituto Agronômico (IAC) de Campinas (SP), e já beneficiou milhares de pequenos agricultores e migrantes das zonas rurais que se instalaram nas zonas periféricas das cidades médias do interior de São Paulo e que continuam praticando a agricultura no fundo do quintal de suas residências.

Entre os finalistas, outro trabalho, sobre BioFORTificação, desenvolvido pela pesquisadora Marília Regini Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, também caminha nessa linha. Nutti coordena a BioFORT, rede de pesquisa que visa aumentar a quantidade de nutrientes de oito tipos de cultivos. Já foram lançadas variedades comerciais do arroz, do feijão, do feijão caupi, da batata e da mandioca, beneficiando os produtores dos assentamentos de sem terra. Atualmente, a rede opera projetos-pilotos em Sergipe, Maranhão, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O outro trabalho finalista, desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), em Campos dos Goytacazes (RJ), visou o aproveitamento total da fruta do maracujá. A casca e as sementes da fruta, que geralmente vão para a lata do lixo, são processadas por uma indústria do Estado do Rio de Janeiro, graças às pesquisas desse Laboratório. São transformadas em farinha e óleo, com grande potencial de utilização na indústria de alimentos, inclusive para consumo direto na dieta das pessoas, e na de cosméticos.

FONTE

Acadêmica Agência de Comunicação
Érika Coradin - Jornalista
Telefone: (11) 5081-5237

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