...PALAVRAS INSONORAS!!!
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Carteiras Recomendadas: confira as melhores e piores performances em janeiro
Do InfoMoney
Depois de fechar o ano de 2011 com uma forte queda de 18,11%, em meio à preocupação por conta da crise da dívida pública na Europa e à fraca recuperação do crescimento, principalmente nos Estados Unidos, o Ibovespa confirmou o ambiente mais otimista do mercado de ações em janeiro e avançou 11,13%, o melhor desempenho para este mês desde 2006.
A perspectiva de melhora na política fiscal da União Europeia com o acordo firmado para controlar os orçamentos dos estados membros, as negociações em torno do PSI (Envolvimento do Setor Privado) da Grécia, que cuida da reestruturação voluntária do setor privado à dívida do país, e a facilitação de várias nações do continente para emitir bônus tiveram papel importante nesse movimento.
Além disso, o Brasil continuou sua trajetória de alívio monetário, com o Copom (Comitê de Política Monetária) cortando a Selic para 10,5% ao ano, e demonstra um possível aquecimento de sua atividade, com menor pressão inflacionária. Na China, as notícias dão conta de que a desaceleração provavelmente será menos intensa, mantendo a demanda global em um nível positivo.
Carteiras não conseguem acompanhar Ibovespa
Com isso, os investidores voltaram a procurar os prêmios de ativos com maior risco. A queda na aversão fez com que diversas instituições voltassem a recomendar papéis de empresas cíclicas - mais expostas ao ritmo da atividade econômica - e também de instituições financeiras, muito afetadas com a crise europeia no ano passado.
Contudo, como as carteiras recomendadas acompanhadas pelo Portal InfoMoney foram elaboradas no final de dezembro - época em que a aversão ao risco ainda rondava no mercado -, os portfólios sugeridos destinaram boa participação para empresas de segmentos mais defensivos. Com o mês de janeiro positivo na bolsa, as ações dessas empresas defensivas não performaram tão bem, deteriorando a rentabilidade dessas carteiras.
O resultado foi bastante perceptível: das 23 carteiras compiladas pelo Portal InfoMoney, apenas apenas duas conseguiram superar o benchmark brasileiro durante janeiro. O desempenho médio desses portfólios ficou positivo em 7,44%, direção que, apesar de ser positiva, ficou 3,69 pontos percentuais abaixo do Ibovespa.
Planner e TOV foram as exceções
A carteira da Planner Corretora foi a campeã do mês de janeiro, com rentabilidade de 14,26% - superior ao Ibovespa em 3,13 p.p. As escolhas da melhor colocada no ranking da InfoMoney incluíram grande parte de companhias listadas no Ibovespa - 9 dentre as 11 recomendações.
Destaque para a OGX Petróleo (OGXP3), com o maior peso entre suas sugestões (15% de participação). A petrolífera de Eike Batista conseguiu extrair seu primeiro óleo na Bacia de Campos e finalmente se tornou operacional - os papéis subiram 21,51%.
Já a TOV Corretora registrou ganhos de 13,25% nas recomendações de ativos, 2,12 p.p. a mais do que o benchmark. Além de apostar nos grandes medalhões Vale (VALE5, +12,88%), Petrobras (PETR4, +15,39%) e OGX Petróleo (OGXP3), a casa de análise foi outra que escolheu não ir atrás do retorno previsível de investimento nas empresas de serviços públicos ou de energia, que possuem perfil mais conservador.
Campeã em 2011, lanterna em janeiro
O ranking da InfoMoney também mostra que aquela máxima do mercado de ações realmente tem a sua veracidade - "rentabilidade passada não garante bom desempenho futuro". É o que aconteceu com a SLW Corretora, corretora campeã do ranking do Portal InfoMoney em 2011. A carteira foi a única que fechou no vermelho em janeiro, com rendimento negativo de 0,32% - 11,45 p.p. abaixo do principal índice.
Vale destacar, no entanto, que o portfólio da corretora possui um perfil mais conservador, focando mais em retorno por dividendos, o que já considera uma aplicação mais defensiva. Dessa forma, ela acabou optando por ações como AES Tietê (GETI4, -6,96%), Telefônica Brasil (VIVT4, -5,23%) e Transmissão Paulista (TRPL4, -2,17%).
Durante o primeiro mês deste ano, as maiores quedas foram de ações do tipo, que oferecem altos repasses em proventos e têm geração de receita constante, por não serem cíclicas. Entre os destaques negativos do Ibovespa, figuraram a Telemar (TNLP3), com baixa de 7,22%, a própria Telefônica Brasil (VIVT4), a Light (LIGT3, -4,72%) e a Eletrobras (ELET6, -4,66%).
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