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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Krug mobiliza prefeitos para encontro em Brasília



Para Krug, o movimento ocorre em momento oportuno


Do Correio News

O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Jocelito Krug está mobilizando os prefeitos visando o primeiro movimento municipalista do ano em Brasília, no dia 28 deste mês, quando o Congresso Nacional volta a discutir o projeto de redistribuição dos royalties de petróleo na camada do pré-sal e outras matérias de interesse dos municípios.


Organizada pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), a mobilização é para reivindicar prioritariamente a aprovação do projeto de lei ( 2565/2011) na Câmara dos Deputados que contempla estados e municípios não produtores de petróleo com valores superiores aos distribuídos atualmente.


Para Krug, o movimento ocorre em momento oportuno, uma vez que a Mesa Diretora da Câmara garantiu aprovar a matéria no primeiro semestre do ano.


A mobilização “Ações e Estratégias 2012” ocorrerá a partir das 9 horas, no auditório Petrônio Portela, no Senado. A expectativa é que 250 prefeitos participem do ato, conforme a CNM.


O presidente da Assomasul considera importante a participação dos prefeitos no primeiro evento municipalista do ano como instrumento de pressão visando sensibilizar os parlamentares em torno da aprovação dessa e de outras propostas de interesse dos municípios.


“Além do mais, o evento antecede a realização de mais uma Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios que está sendo organizada pelo presidente Paulo Ziulkoski”, acrescentou Krug, lembrando da programação anual promovida pela CNM a qual leva à Capital Federal prefeitos de várias regiões do País.


Além dos royalties, os prefeitos vão discutir, durante o encontro, outros assuntos, como o que trata do financiamento da saúde; o piso dos professores do magistério; finanças municipais e o enceramento de mandato.


TEXTO


A lei do Pré-sal foi aprovada, mas o então presidente Lula vetou o artigo que redistribuia os royalties - a chamada Emenda Ibsen. Um novo projeto foi proposto para dividir esses recursos, mas novamente o novo texto não agradou aos estados produtores de petróleo. Os principais estados que produzem petróleo são Rio de Janeiro e Espírito Santo.


Os estados argumentam que os royalties deveriam ficar com os produtores porque estes sofrem os impactos da produção do petróleo e de possíveis acidentes - como o vazamento de petróleo na Bacia de Campos mostrou, por exemplo. O Rio de Janeiro calcula que perderá cerca de R$ 1,4 bilhão em recursos caso divisão seja aprovada.


O projeto foi aprovado em plenário do Senado no dia 19 de outubro. Após a votação, os representantes dos estados produtores conseguiram um acordo com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que prometeu adiar a votação na Câmara.


O projeto deve passar agora por uma comissão especial para tentar chegar a um acordo com os estados produtores - que já anunciaram que vão recorrer ao STF caso a nova divisão seja aprovada.
Assomasul

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