A constante chuva que caiu em diversas cidades do Rio de Janeiro tem causado estragos e inundações, a exemplo de Campo dos Goytacazes |
O número de pessoas desalojadas em consequência da chuva no município de Santo Antonio de Pádua, no noroeste do Estado do Rio de Janeiro, pode estar em torno de 2,5 mil, informou nesta quarta-feira a Defesa Civil do município, que decretou emergência no início de janeiro. Quatro casas foram arrastadas pela força da correnteza de um rio. A RJ-186, rodovia que liga o município à capital fluminense, chegou a ser totalmente interrompida ao trânsito, mas agora está parcialmente liberada.
O secretário de Defesa Civil Municipal, Ângelo Figueiredo, disse que a quantidade de pessoas que tiveram que sair de suas casas e ir para a residência de parentes ou amigos aumentou devido à contínua elevação, nesta madrugada, do rio Pirapetinga, que divide o município com a cidade mineira de mesmo nome.
Segundo Figueiredo, as comunidades mais prejudicadas foram Santa Luzia e Ibitinela, que pertencem ao distrito de São Pedro e são banhadas pelo rio. Ele disse ainda que o trabalho de limpeza e desinfecção nas localidades afetadas está sendo feito de forma acelerada para que as famílias possam voltar às suas residências o mais rápido possível.
"Algumas famílias perderam tudo, a gente vai ter que fazer um aluguel social para levar esse pessoal para um local seguro. À medida que o nível do rio baixar totalmente, a gente vai fazer uma análise das casas. Nosso corpo de engenharia já está todo aqui e, na medida do possível, esse pessoal vai retornar tranquilamente."
O rio Pomba, que passa pela região central de Santo Antonio de Pádua, registra 4 m de altura, meio metro acima do nível de transbordo, mas não causou estragos. A tendência é que ele baixe nas próximas horas, já que parou de chover na cidade mineira de Cataguazes, o que influencia o volume do rio.
Em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, a situação do rio Paraíba do Sul, que também transbordou no início desta semana e deixou 13 famílias desabrigadas, vai gradativamente voltando ao normal, disse o subsecretário municipal de Defesa Civil, Édson Peçanha. Apesar da diminuição do volume do rio para 9,59 m, Peçanha alertou que a cidade continua em estágio de alerta máximo. "Nos próximos dias, ou até sábado, de acordo com o que nos aponta a previsão, não vamos ter chuva com intensidade, então isso nos tranquiliza um pouco, mas estamos ainda em estágio de alerta máximo", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário