Consumo moderado de cerveja pode reduzir o aparecimento de Alzheimer
Estudo apontou redução de 42% na incidência da doença sobre aqueles que ingerem bebidas alcóolicas com moderação.
Dia 21 de setembro é o Dia Mundial do Combate ao Alzheimer. Apesar de amplamente estudadas, porém, ainda sem conclusões definitivas, sabe-se que doenças neurodegenerativas como Alzheimer e demência estão diretamente ligadas a fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida, tais como obesidade, tipo de dieta, diabetes, exercício físico, entre outros. Com base nisso, pesquisadores do mundo todo estudam a inclusão de determinados hábitos na rotina que auxiliem na redução da incidência das doenças neurodegenerativas (Campdelacreu, 2012).
Um estudo coordenado pelo médico Kupfer Weyerer, do Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim, na Alemanha, publicado em 2011, mostrou que o consumo de bebidas alcoólicas pode estar associado à redução de demência e Alzheimer. Ao longo de três anos (início, após um ano e meio, e após três anos), o estudo analisou 3.202 pessoas de 75 anos ou mais que não apresentavam demência. Dos indivíduos analisados 50% consumiam bebidas alcoólicas, em uma média de menos de duas doses por dia, sendo, 48,6% consumidores somente de vinho, 29% somente de cerveja e 22,4% consumidores de vários tipos de bebidas, incluindo a cerveja (Weyerer et al., 2011).
Como principal resultado, o estudo apontou uma redução de 29% no aparecimento de demência, sendo que destes, houve uma redução de42% no aparecimento de Alzheimer, entre as pessoas que consumiram bebidas alcoólicas, entre elas, a cerveja. Portanto, o consumo leve ou moderado de bebida alcoólica, como a cerveja, está inversamente relacionado à incidência de demência em indivíduos a partir dos 75 anos (Weyerer et al., 2011).
A demência é o resultado de uma doença cerebral crônica e progressiva, que interfere com a vida diária. A doença de Alzheimer é das formas mais comuns de demência correspondendo entre 50 a 70% de todos os casos. Estima-se que em todo o mundo mais de 35 milhões de pessoas sejam afetadas por ela. Em razão do envelhecimento da população global, esses números aumentarão significativamente, em 2030, serão 65,7 milhões e em 2050, 115.4 milhões de portadores, sendo dois terços deles em países em desenvolvimento.
Como a doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade crônica de evolução lenta (com duração de até mais de vinte anos), além do fato de que nas fases avançadas o paciente torna-se completamente dependente, incapaz de alimentar-se, banhar-se ou vestir-se sozinho o impacto econômico sobre a sociedade é considerável.
No Brasil, não há dados estatísticos concretos sobre a doença, porém pode-se afirmar que a presença da doença de Alzheimer também é significativa, atingindo cerca de 1,2 milhão brasileiros. Sabe-se, no entanto, que a partir dos 65 anos, de 10% a 15% dessa população será afetada, e que, a partir dos 85 anos, praticamente a metade dos indivíduos apresentará a doença.
Como a família média brasileira é composta de 3 a 4 pessoas, esse dado remete a cifras assustadoras, uma vez que a doença de Alzheimer atinge direta ou indiretamente mais de 4 milhões de indivíduos no Brasil.
Do Portal Fator Brasil
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