Suspensa pela Justiça, Chevron diz que "não abandonará" o Brasil
A americana Chevron "não abandonará o Brasil", onde a Justiça determinou a suspensão de suas atividades após um vazamento de petróleo na costa brasileira, revelou nesta quarta-feira Don Stelling, presidente para a América Latina do grupo.
"Não abandonaremos o Brasil, estamos lá para longo prazo", disse Stelling à imprensa durante o II Congresso de Hidrocarbonetos em Puerto La Cruz, na Venezuela.
Segundo Stelling, a Chevron está "trabalhando para reiniciar o projeto Frade", onde ocorreu um vazamento de petróleo em novembro de 2011 que motivou a suspensão das atividades do grupo no Brasil.
No dia 1º de agosto, o Tribunal Federal do Rio de Janeiro decidiu suspender as operações de extração e transporte de petróleo da Chevron, acatando um pedido da promotoria, após o acidente que derramou 3 mil barris de petróleo no litoral do estado do Rio de Janeiro.
A Chevron suspendeu suas operações no Brasil em março passado, após o registro de outro vazamento na mesma região do incidente de novembro, onde se concentra o grosso da produção do grupo, em associação com a Petrobras. "Eles (Petrobras) estão nos apoiando, estamos trabalhando juntos", disse Stelling.
Pelo acidente de novembro a Chevron foi multada em 33,4 milhões de dólares e acusada penalmente.
Stelling defendeu o trabalho da Chevron durante a emergência, assinalando que o grupo "operou de maneira segura" e fez "a coisa certa".
"Poderia ter sido um vazamento enorme, mas reagimos da forma apropriada e rapidamente. Não houve qualquer peixe, ave ou pessoa ferida e o petróleo jamais chegou a costa".
A produção da Chevron no Frade, na Bacia de Campos, era de 60 mil barris diários quando ocorreu o acidente de novembro passado.
Do Terra
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